Enoshima Prism: E se você pudesse reeditar o passado?


Bem, sinto que devo fazer três considerações antes de falar o que achei do filme.
No filme os personagens principais soltam fogos de artifício, e novamente a referência aparece, como em Aoharaido e Koinaka. Agora eu percebo o quanto os fogos de artifício tem todo um significado em relação à juventude no Japão.
A segunda coisa é sobre o elenco. Não se trata de um Koinaka 2, mas os mesmos atores Sota Fukushi, Tsubasa Honda e Shuhei Nomura estão nos papéis principais, eu achei este filme por acidente. Filme de 2013, antes mesmo do Aoharaido e Koinaka.
Terceira coisa é como eu vi. Só achei com tradução em inglês.

A pergunta do título, eu a refaço agora: E se você pudesse reeditar o passado? Pagando um preço altíssimo: Todas as suas memórias e das pessoas as quais você se envolveu seriam apagadas.
As pessoas não se lembrariam de você. Você não se lembraria delas, todas as boas lembranças seriam completamente apagadas. Forte, não? E se fosse por um bem maior?

Shuta (Sota Fukushi) se sente culpado pela morte de Saku (Shuhei Nomura), porque em 2010 entregou a ele a carta da Michiru (Tsubasa Honda), onde ela dizia que iria para o exterior. Saku corre atrás dela, mas acaba tendo um ataque cardíaco e não resiste.

Passados 2 anos, em 2012, Shuta vai à casa do amigo e encontra um relógio que é uma espécie de máquina do tempo. Com ele, consegue voltar a um dia antes da morte do amigo e tenta desesperamente salvá-lo.

Uma menina avisa que mudar o passado causa efeitos irreversíveis: As memórias são zeradas, apagadas. A vida dos três seria reescrita. Ou, o futuro poderia ser pior do que já é.
Entretanto, mesmo achando horrível e correndo o risco, Shuta decide que é melhor passar por esse sacrifício do que ver o amigo morto.

A toda hora Shuta vai para o presente
, sendo sempre necessário recuperar o relógio para que ele possa voltar ao passado.

Na última tentativa de voltar no tempo, ele consegue impedir a morte do amigo, o levando de bicicleta para encontrar Michiru e evitando que Saku tivesse um ataque cardíaco.

Então, Shota confia a segurança de Michiru a Saku. Na partida rumo ao aeroporto, ainda prestes a entrar no trem, Saku e Michiru tem as memórias com Shuta apagadas, reflexo do preço que ele teve de pagar.

Tudo, desde as memórias da infância, colegial, tudo e absolutamente tudo foi apagado. Michiru questiona quem é Shuta. Ele já percebe que ela não o reconhece mais. Nem Saku, o amigo que ele salvou.

Ele chora desesperamente
, diz adeus a Michiru, a Saku... e a si mesmo, já que não se lembraria de mais nada do que aconteceu.

Já no futuro, os três se reencontram mas não se reconhecem e cada um vai para seu lado.
Porque Enoshima Prism? Os três enquanto eram crianças, foram para uma montanha em Enoshima e se depararam com um arco-íris. Foi tão marcante que eles nunca esqueceram esta lembrança.
No ensino médio, achando prismas em um laboratório, os três fizeram arco-íris com eles. E aí, outra lembrança inesquecível. Só tem um detalhe, no final todo mundo esqueceu de tudo e ficou por isso mesmo, sim.

Conclusão: O cara abriu mão de todas as lembranças que ele teve com os dois amigos para salvar Saku. Ele conseguiu, para o lado positivo e o negativo.

O filme é recomendadíssimo. Se o Aoharaido eu recomendei e Koinaka também, este é obrigatório. Sério mesmo, é um daqueles filmes que você pode refletir o dia inteiro.
Não sei se eu me sinto feliz pelo Shuta ter conseguido salvar o amigo, ou extremamente triste por todas aquelas lembranças terem sido perdidas. É um misto de emoções, mas fico com a primeira opção. O filme pra mim tem um final feliz.

De novo, caramba. Terceiro trabalho da Tsubasa que eu vi na semana, mas o destaque vai pro Fukushi. Quando ele chora dando adeus a si mesmo foi extremamente comovente. E segundo trabalho do Nomura Shuhei. Quem gosta da dupla pode ir na fé.
Filme ótimo. Nota? 10. Obrigado por lerem! =)