Ichi Rittoru no Namida: Por que nos emocionamos tanto com este dorama?


Uma garota como outra qualquer. Que tinha sonhos, esperanças e muita vontade de viver. Este dorama ganha ainda mais força quando se lê o livro e se toma a dimensão de que aquilo não é mais puramente ficcional. Foi a realidade de uma pessoa que lutou até o fim e não entregou os pontos. Baseado no livro de Aya Kitou, em uma história real.

Foi o primeiro dorama que assisti na vida, faz uns 10 anos mais ou menos. Sempre digo que não houve um dorama que me emocionasse tanto quanto esse. Seja por causa das lições de vida, pelas lágrimas derramadas ou pela atuação elogiável da Erika Sawajiri.

Até então só as séries americanas ou porque não, as novelas do Burajiru eram uma referência. Geralmente muitos finais eram felizes, com casamentos, sorrisos, coincidentemente tudo dá certo no último capítulo e o casal principal vive feliz para sempre. Mas aqui, não foi exatamente assim. Acho que pela primeira vez eu vi uma protagonista falecer no episódio final. Eu não esperava um final tão triste, com o pai dela gritando o nome da filha.

Ichi Rittoru no Namida é de 2005. Um pai brincalhão, uma mãe coruja, um irmão preocupado, uma irmã um pouco rebelde, a Aya e a caçula da família. Todos tinham a sua personalidade, o seu jeito de pensar. Foi lindo ver como toda a família se uniu pela Aya. Não tava sendo fácil pra ninguém, mas nem por isso se lamentavam. Não havia ali tempo pra lamentações. Tudo o que eles queriam era aproveitar os momentos em que a família estava unida.

No começo, a Aya sofre uma queda. Não parecia algo grave, mas ao decorrer dos primeiros episódios, os pais ficam sabendo da doença da Aya e das consequências futuras. Mesmo os pais tentando proteger a filha, Aya acaba descobrindo sua doença.

O dorama emociona porque nos colocamos na pele, seja da Aya, dos pais, da família. É quando o dorama avança, que vejo o como a Erika Sawajiri é uma ótima atriz. Aos poucos, a Aya vai se debilitando em função da doença e todo aquele sofrimento é transmitido de uma forma tal, que a atuação dela acaba sendo extremamente convincente.

O esforço da Aya de se manter em pé, para falar, comer, a Erika conseguiu passar essa imagem de uma forma louvável.

O que é mais doloroso no dorama é ver uma pessoa ter de passar por tudo isso, logo na adolescência. Fase de sonhos, amores, transição pra vida adulta. E o que mais inspira e emociona, é que mesmo assim ela não abaixou a cabeça. Pra nenhuma dificuldade. Ela sofria sim, mas ela não queria demonstrar este sofrimento. Ela queria ser forte.

Outros momentos dolorosos que eu não posso deixar de citar: A discussão da Ako com o irmão sobre a Aya, o momento em que a Aya foi deixada na chuva mas logo depois aparece o Asou pra protegê-la, ou, a despedida da escola que ela tanto gostava.

É um dorama assim, que no mínimo, vai fazer você repensar muita coisa na vida. Se for pensar que a Aya nos deixou um diário tão inspirador e que com certeza ajudou muita gente... Só tenho a dizer, obrigado Aya. 

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